O volume de vendas para o Natal de 2024 deve movimentar R$ 69,75 bilhões. Essa estimativa representa um aumento de 1,3% em relação ao mesmo momento de 2023, contudo, apesar do crescimento, o valor ainda se encontra abaixo do volume registrado no Natal de 2019, que foi de R$ 73,74 bilhões.
Conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que fez o levantamento, os números sugerem um processo de recuperação lento e gradual, ainda distante dos níveis pré-pandêmicos.
Entre os fatores que explicam o atraso na recuperação total do setor estão a elevação das taxas de juros, que restringe o poder de compra do consumidor, a inadimplência – o número de famílias com contas em atraso e sem condições de pagamento vem crescendo desde março de 2024 – e a pressão inflacionária, aumentada através da desvalorização do real, que encerra impactando nos preços dos produtos.
Os produtos tipicamente consumidos no Natal precisam apresentar uma tendência de alta, com aumento médio de 5,8% nos doze meses encerrados no mês de dezembro. O aumento no valor de alguns produtos chega a ser 2.800% maior que a quase estabilidade de preços observada em 2023, quando os valores cresceram somente 0,2% no feriado.
Entretanto, alguns itens precisam ter preços reduzidos, seja através da redução da demanda ou por estratégias de mercado, como promoções. Os produtos que terão maior queda de preço são as bicicletas, os aparelhos telefônicos e os brinquedos.
Já liderando a alta de preço, os livros precisam ter um aumento de 12% em relação a 2023. Produtos para a pele e alimentos em geral do domicílio acompanham os itens com maior aumento em seu valor.
Desse jeito, os setores que mais precisam se trazer benefícios para das vendas de Natal são os hipermercados e supermercados, que juntos podem movimentar R$ 31,37 bilhões, por volta de 45% do faturamento. Além de tudo, também correspondem através do maior volume de contratações temporárias, com 41,97 mil vagas.
O setor de vestuário, calçados e acessórios ocupa o 2º lugar em termos de movimentação financeira no Natal, representando 28,8% do total, ou seja, R$ 20,07 bilhões. Em média, as vendas do varejo aumentam 25% na passagem de novembro para dezembro, mas no caso desse setor, essa taxa sobe para 80%. Ele também ocupa o 2º lugar na geração de empregos temporários, com 21,18 mil vagas.
Com informações Metropoles